domingo, 27 de fevereiro de 2011

O que fazemos do Amor?

Partilhamos as folhas secas da ingratidão e da amargura;
Desfrutamos do ácido da intolerãncia, regida pela vaidade;
Quebramos e torturamos os sentimentos alheios;
Fazemos da trapaça, um adeus aflitivo a honestidade;
Não enxergamos o verdadeiro algoz e omitimos a dor da vítima;
Dilaceramos corações sinceros, com as flechas encandescentes do orgulho;
Abrimos feridas não cicatrizadas, esquecendo do remédio consolador.
O que fazemos do Amor?
O Amor renasce das folhas ungidas pela ternura e aceitação;
O Amor é o mel das doces palavras, paladar harmônico do testemunho da humildade;
O Amor reconstrói e acalma as dores mais profundas da alma;
O Amor desabrocha da flor da verdade, perfume da docilidade;
O Amor percebe a luz na sombra escura;
O Amor renasce das cinzas e se faz, sublime e sutil;
Com o Amor, não há feridas;
Há luz na escuridão!

Ana Rosa Zuffo